E finalmente aconteceu.
Uma tarde fria de inverno, um telefonema, um desafio para um fim de semana
fora. Tive que me controlar para a deixar acabar de falar antes de confirmar,
mas consegui dizer: deixa-me ver e já te ligo de volta. Esperei algum tempo e
até confirmei que não tinha nada que cancelar nesse fim-de-semana… E assim lá
fomos, com uns amigos, para o Alentejo.
Nunca me pareceu tão
longa a viagem, até me ofereci para guiar e ela simpaticamente veio para o
banco da frente. A custo lá me consegui concentrar na condução e tirar os olhos
do decote, que não era demasiado generoso, mas deixava adivinhar aquele peito
fantástico que eu ansiava sentir.
Finalmente chegámos e,
como esperava, veio a questão dos quartos… Ela ia ficar com um e eu,
supostamente, com outro… Não me apeteceu fazer a cama e também não tive que
arranjar um pretexto para ir ao quarto dela. Os nossos amigos já estavam
recolhidos, cansados da viagem, o que foi bom. Assim estávamos com a casa por
nossa conta e o que ambos sabíamos inevitável, aconteceu.
Ainda hoje recordo com
detalhe aqueles primeiros beijos, mistura entre a timidez inicial e o desejo de
ir muito mais longe… E a sensação da sua língua, ardente, a serpentear com a
minha, percorrendo caminhos em que ambos há muito não andávamos e em conjunto
ansiávamos fazer… recordo também o seu perfume e, se há palavra adequada para o
descrever, é mesmo inebriante. Parece um lugar comum, mas de comum não tinha
nada e, sensível, como sou, aos aromas, era impossível ficar indiferente.
Já não recordo como lhe
tirei a blusa, nem como a minha camisa desapareceu, mas de repente estávamos
deitados e as minhas mãos percorriam-lhe o corpo enquanto sentia a sua boca
quente percorrer o meu corpo detendo-se nos meus mamilos, já híper sensíveis.
Retribui-lhe, e que bem me soube ter os seus mamilos na minha boca, enquanto a
minha mão se deteve no interior das suas coxas…
Estávamos os dois a
desejar o mesmo, mas resistíamos ao máximo, para provocar uma explosão ainda
maior, até que chegou o momento de me sentir dentro dela. A princípio, com
alguma suavidade, depois com toda a energia que tínhamos para dar, acumulada e
potenciada pela viagem.
Que bem nos soube chegar ao limite e ultrapassá-lo,
numa harmonia perfeita…